Correu sim para um abraço,
longo, apertado e um pedido de socorro desesperado, o qual a mulher entendeu
perfeitamente. Aos poucos a criança se acalmou e iniciaram uma conversar, Ana
perguntou o que havia acontecido, mas a criança tinha medo de contar, foi
preciso fazê-la entender que o que ela contasse, seria o segredo entre elas.
Não foi preciso muito, pois as marcas de surra com vara de marmelo, estavam bem
evidentes em todo o corpinho magrinho. A enfermeira foi se indignando cada vez
mais e quando Genevieve finalmente contou sobre o que fez com a boneca e prometeu
que faria com ela, a indignação foi absurda, ficou estarrecida com atitude
inescrupulosa do pai.
Sabia que precisava tirar
aquela menina daquele lugar urgentemente. Voltaram prá dentro e o pai, quis se
explicar com a filha, mas esta apenas lhe avisou que levaria a menina embora e
que outra empregada seria contratada, uma que de fato cuidasse de sua mãe, não
a maltratasse, não roubasse sua comida e que não dormisse ou se amassasse com
seu marido, a que ali estava, poderia ir embora ainda naquela noite se preferisse,
ela deu de ombros, prá ela tanto fazia, achava que tinha lugar prá ficar,
estava certa que ficaria com o amante do sítio ao lado, coitada! Mal sabia ela
que o homem havia mandado ele embora justamente por conta dos encontros deles
no paiol de sua propriedade. Mas cada um com suas colheitas ou com suas
consequências. Algum tempo depois, souberam que a mulher estava grávida,
restava saber quem era o pai...
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