Voltaram prá casa e
conversando com alguns parentes, um de seus tios, irmão de sua mãe, disse que
talvez sua esposa pudesse ajudar, pois gostava de crianças e já tinha filhos e
netos adultos. Ana ficou em dúvida, pois conhecia a senhora e ela já tinha mais
de sessenta anos. Mas sabia que se aceitasse, cuidaria da criança com amor e
carinho, além da educação que era imprescindível, já estava atrasada para
entrar na escola. Imediatamente no outro dia, foram procurar a possível tutora
da menina. Lá chegando foram recebidas pela senhora simpática e agradável, que
já as esperava com um delicioso lanche. Coincidentemente ela se chamava Ana e a
empatia entre ambas, foi instantânea, se encantaram uma pela outra e a senhora
disse que sim, cuidaria dela com todo seu carinho, percebeu o quanto aquela
criança estava carente de tudo, pediu à enfermeira que fizesse um termo de
guarda no órgão específico evitando problemas futuros, tornando-se assim
responsável por ela, já que naquela época não existia tanta burocracia para adoção.
A menina já ficou ali e Ana
informou que ela tinha apenas o que estava usando, aquela roupa e aquele
calçado que havia comprado emergencialmente. A senhora não se importou
abraçando a pequena notável providenciaria o que ela precisasse com seus
familiares e amigos. Prometeu que nada lhe faltaria, poderiam ser roupas e
calçados usados, mas os teria e ficaria protegida. A enfermeira tirou um peso
do seu coração e pode ir embora tranquila, sabendo que sua protegida ficaria
bem assistida, se despediu da pequena e sempre que possível, viria lhe visitar,
não a abandonaria, prometeu. A menina acreditou porque confiava naquela mulher
que era um de seus anjos de guarda.
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