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quarta-feira, 16 de junho de 2021

Genevieve 54

O ano letivo iniciou e a mãe não cumpriu a promessa que fez ao irmão, não matriculou Genevieve na escola e quando ele veio tirar satisfações, argumentou que era a filha dela, não permitiria sua intromissão, que fosse cuidar de seus filhos, ofendendo ainda a moral de suas filhas, o que deixou o homem irado. Antes de sair prometeu a afilhada que a tiraria dali o mais rápido possível. Aquele irmão era o único que ainda apoiava aquela mulher que só podia ter algum transtorno, como podia brigar e afastar todo mundo? Ser áspera, grosseira, ácida com todos os que tentavam se aproximar, era infeliz, precisava de ajuda, mas não se permitia, parecia que preferia viver naquela vida medíocre e pobre de tudo.

Alguns dias depois, o padrinho voltou com uma ordem judicial, autorizando a levar a menina que ficaria sob sua responsabilidade e ficaria na casa da família dele, até que um processo fosse instaurado para que tivesse a guarda definitiva. Rapidamente a menina jogou seus trapinhos e seus materiais escolares, dentro de um saco de papel e correu para o lado de seu anjo protetor, ansiava por sair dali imediatamente. Queria sumir daquele lugar e esquecer para sempre aquela mulher má, lamentava pelos pequenos que ela judiava também, mas naquele momento nada podia fazer por eles, depois contaria ao padrinho que talvez pudesse ajuda-los também, afinal, ele era um anjo. 


terça-feira, 15 de junho de 2021

Genevieve 53

Passados alguns dias essa mesma mulher passou na frente da casa onde moravam e perguntou a mãe da pequena se tinha gostado da carne que ela havia mandado, respondeu que não recebeu carne nenhuma e mulher reafirmou que mandou pela menina no sábado, dia do casamento de sua filha. A pessoa que já era ruim, virou o próprio demônio, entrou gritando com a menina que estava ariando o chão com palha de aço, já com os dedinhos sangrando pelo esforço que fazia para limpar aquele chão que devia estar branco de acordo com a loucura da mulher. A menina argumentou que a carne era para ela, em nenhum momento a mulher disse que era prá mãe, ela jogou ao cachorro, porque estava ruim. Nesse momento a mulher deu um chute tão forte no rosto de Genevieve que ela desmaiou. O sangue escorreu na parte debaixo da casa de madeira onde moravam outras pessoas, as quais vieram apavoradas ver o que teria acontecido, sabiam que ali moravam pessoas agressivas. A mulher disse que não era nada e os mandou embora.

Jogou água fria no rosto da menina que quase se afogou com tanto sangue que saia de seu nariz que simplesmente foi quebrado pela estúpida própria mãe por conta de um mísero pedaço de carne mau passada que a menina entendeu que era prá ela. Além de machucar seriamente a menina, não se deu ao trabalho de prestar socorro, leva-la a uma farmácia ou a um pronto socorro, enfim, cuidar de um ferimento grave. Não o fez porque de fato não se importava com a saúde e o bem estar da filha ou porque sabia que teria que se explicar com alguém e isso ela não faria mesmo. Nesse momento a pequena sonhadora que desiludia a cada dia, entendeu o significado de estupidez. Impressionante onde pode chegar o nível de loucura de uma pessoa desequilibrada. Nem é necessário descrever o quanto o desprezo da pequena aumentou pela mulher, que a esse ponto, já não considerava mais como mãe.


segunda-feira, 14 de junho de 2021

Genevieve 52

O padrasto voltou prá casa, mais calmo, até mesmo gentil com os pequenos, com a mulher e com a menina, ficou sem beber por vários dias, parecia estar satisfeito porque o menino que não era seu filho, havia ido embora. O irmão se foi e Genevieve ficou, temia que como o irmão não estava ali para ser espancado, o homem invocasse com ela, mas graças a Deus, nunca aconteceu. Ao contrário, defendia quando sua mãe batia nela, perguntava a mulher porque tinha ido buscar aquela filha, só para judiar? Quanto ao menino, sentia ódio por ele, o motivo? Loucura da mente dele, talvez.

Um casamento aconteceu na vizinhança e a mulher foi convidada, como o marido nunca estava em casa e justo naquele final de semana, sumiu novamente, ela não pode ir. Obviamente que ficou louca de raiva. Mandou Genevieve até a casa da irmã número um, buscar algo e coincidentemente, encontrou a mãe da noiva que a chamou e lhe deu um pedacinho de carne, como a menina não gostava muito de carne e aquele pedaço, estava mau passado e muito ruim, jogou para um cachorro que passava. Chegou em casa com a encomenda que foi buscar, mesmo estando sem falar com a filha, lhe pedia coisas, as vezes alimentos, as vezes remédios, até shampoos, sabonetes e pastas de dentes. Nada disse a respeito da carne.



domingo, 13 de junho de 2021

Genevieve 51

Os vizinhos ajudaram dentro do possível, cuidaram do ferimento, limparam e a colocara na cama, onde dormiu ou estava desmaiada, enfim, deu um descanso a todos até o outro dia pela manhã, quando chamou a menina pedindo café na cama. A menina levou, sem o menor carinho, unicamente por obrigação, infelizmente e nunca imaginou que isso pudesse acontecer, não tinha mais o mínimo sentimento por aquela mulher que a trouxe ao mundo. Sentia tristeza por isso, mas ela não merecia nenhum sentimento bom e Genevieve não desperdiçaria seu amor com quem não merecia.

O homem ficou sem aparecer em nada por vários dias e a mulher aproveitou para levar o irmão para ficar uns tempos com sua madrinha, que também era irmã da mãe. Pediu ajuda o irmão, que prontamente veio ajudar, levando o sobrinho até a casa da outra irmã, que já visada, esperava pelo sobrinho afilhado. Ali o menino seria bem tratado e com certeza iria à escola, mas iria precisar de tratamento psicológico, porque estava complexado, amedrontado ao extremo, não se podiam fazer movimentos perto dele que se encolhia com medo de apanhar de surpresa como acontecia quase que diariamente. É lamentável como se pode afetar o psicológico com atitudes agressivas, era deprimente o estado emocional daquele menino. 


sábado, 12 de junho de 2021

Genevieve 50

Como o humor da mãe nunca estava bom, a menina não se abalou com as grosserias costumeiras, foi cuidar de seus afazeres com seu coração mais feliz e tranquilo, havia um anjo de guarda a sua volta e Deus tinha atendido as suas preces, as suas orações, bem como as de Vó Ana, que sem saber onde estava sua menina, rezava e pedia por ela todas as noites. Pensava e se preocupava com o futuro dela e desejava que o melhor acontecesse, até mesmo, que alguém a trouxesse de volta, pois se soubesse onde a megera da mãe a escondia, ela mesma buscaria a menina que muita falta lhe fazia, era uma companhia muito agradável, divertida, alegrava o ambiente com suas conversas inteligentes.

O marido de sua mãe apareceu somente à noite, prá variar, bêbado e como sempre, pegou uma ripa no pátio e chamou o menino para apanhar, nesse momento a mulher se impôs e avisou que não permitiria mais que o filho apanhasse sem motivo. O homem ficou louco de vez, gritou, esmurrou a mulher, deixando-a caída no chão, sangrando e saiu correndo, se dando conta da besteira que fez. As crianças assustadas chamaram alguns vizinhos que ajudaram sem muita vontade, pois a mulher não era bem vista e nem, bem quista pela vizinhança, tinha má fama de ser caloteira fofoqueira e vulgar, comprava e não pagava, além de ser prepotente com todos.


Genevieve 49

O irmão tinha boas condições de vida, divorciado, seus filhos já eram adultos, tinha uma excelente profissão; era fiscal de obras da prefeitura, morava sozinho no centro da cidade de Lages em um belo apartamento. Vivia bem e tranquilo, assim como era a natureza do seu ser; boa e tranquila. Foi uma noite muito gostosa, comeram bem, riram a vontade, sentiram o carinho daquele tio amável que depois do jantar, chamou a irmã para uma conversa séria, ela sabia do que se tratava e tentou ser a vítima, mas com aquele que a conhecia muito bem, não funcionaria. Tratou de escutar tudo o que ele veio dizer e a fez prometer que trataria melhor os filhos números 3 e 4, Genvieve e o irmão meses mais novo. 

Tio João também exigiu que matriculasse os dois na escola imediatamente, pois as aulas logo iniciariam e eles não ficariam sem aulas, para tanto, trouxe materiais escolares para os dois. Antes de ir embora, já tarde da noite, o tio foi taxativo, se o menino fosse espancado mais uma vez pelo padrasto, ele mesmo faria a denúncia e o faria ir preso, pois lugar de cafajeste e covarde era na cadeia, disse o tio bem bravo. Felizmente o bebum não apareceu naquela noite, fato esse que deixou a mulher enlouquecida no dia seguinte, não admitia que o homem dela passasse a noite sem ela saber onde estava, temia ser traída por aquele ser, como se alguma mulher em sã consciência pudesse querer aquele traste. 


quinta-feira, 10 de junho de 2021

Genevieve 48

A irmã mais velha de Genevieve cumpriu sua promessa e tomou as providências que prometeu à mãe. Numa noite, estavam todos quietos dentro de casa, quando alguém bateu a porta, o irmão número quatro foi atender e deu um grito de alegria. Era tio João! O amado tio João que trazia guloseimas e ia preparar uma deliciosa janta para todos, também veio conhecer a sobrinha que por acaso, era sua afilhada. A menina não sabia o que era afilhada, padrinho, ficou olhando aquele homem simpático, agradável, bonito, com lindos olhos azuis, dentes perfeitos a mostra num sorrisão acolhedor, poucos cabelos louros a volta da cabeça, bem vestido, bem cheiroso, nossa! Ele era lindo, parecia um anjo, com esse pensamento a menina teve um sobressalto, seria ele outro anjo na vida dela como disse vó Ana? Esse pensamento e deixou feliz e entregou-se num abraço carinhoso daquele homem que era seu padrinho. 

Um vislumbre de esperança acometeu a pequena estava magrinha, desnutrida, desassistida, sendo escrava da própria mãe, que infeliz estava sua vida! Queria poder contar tudo isso ao seu anjo, mas precisava ter cuidado, pois os olhos castanhos da mãe faiscavam de raiva pelo modo carinhoso que o irmão tratava os sobrinhos, todos igualmente, a ciumenta rancorosa se afastava como se repelindo naturalmente. Tio João, era o oposto da irmã, alegre, divertido, brincalhão, contava piadas, cantava, ensinava as crianças a falar corretamente, era um gentleman, um homem de fato. Trouxe às crianças biscoitos, chocolates, iogurtes e massa para fazer uma deliciosa macarronada, sabia que a irmã era sovina, egoísta e com certeza não comprava coisas de crianças e também porque o traste do marido dela, além de ganhar pouco, ainda gastava com cachaça, então, muitas vezes realmente a mulher não tinha condições de comprar coisas boas aos filhos, mas quando tinha e ele sempre lhe dava dinheiro, até descobrir através da sobrinha mais velha, que comprava só coisas pra ela, deixando os filhos de lado. 


quarta-feira, 9 de junho de 2021

Genevieve 47

Como se Genevieve tivesse culpa da briga dela com a filha mais velha, para se vingar, juntou as melhores roupas, calçados e brinquedos dela, chamando algumas vizinhas que ela queria puxar saco, porque lhe devia algo, distribuindo simplesmente os pertences da menina como se não tivessem uso, como se estivessem disponíveis. Lembrou-se do episódio semelhante ocorrido no sítio anos atrás, que quando chegou, a empregada teve a mesma atitude desprezível, distribuindo seus pertences. Aquilo tudo era seu, como aquela mulher horrível poderia fazer isso? Se colocou na frente e começou a juntar suas roupas, quando a mulher veio e lhe deu um ponta pé, jogando ela no chão na frente de todas aquelas pessoas que foram embora, levando as roupas, os calçados, os brinquedos, tudo o que Genevieve havia ganhado carinhosamente de pessoas que realmente a amavam. Naquele momento a criança deixou de ser inocente e compreendeu o significado de ódio. Odiou profundamente aquela mulher que infelizmente era sua mãe. 

A vida da menina se tornara um verdadeiro inferno, trabalhava de manhã à noite, sem descanso, muitas vezes, mulher amarga, mal amada, bagunçava ou sujava onde estava limpo e organizado, só prá ela ter que refazer. Comia mal, muitas vezes comiam antes e quando a menina ia comer, restava pouco e alguns alimentos, já nem tinha mais, sabia que a mulher fazia por maldade. À noite, o bebum chegava e as brigas eram horrendas, gritos, palavrões, ofensas, ambiente péssimo para quatro crianças que assistiam àquele horror, apavorados. Pensava em silêncio, porque não podia falar ou expressar nada, que a paranoica achava que tudo era dela, com ela, tinha mania de perseguição, mas pensava porque aquela mulher que detestava os filhos fez tantos? Que controvérsia! Que contradição! 


terça-feira, 8 de junho de 2021

Genevieve 46

A mãe de Genevieve tinha sete filhos e a maioria com pais diferentes, portanto, o que diziam sobre ela ser uma mulher de vida fácil, lamentavelmente era verdade. Isso causava vergonha na menina que pensava ter sido fruto de um relacionamento sadio, bonito, decente e envolvido por muito amor. Tinha duas filhas do primeiro relacionamento quando ainda era muito jovem. A mais velha morava próximo da casa da mãe e a irmã, em outra cidade e não tinham contatos, a mãe dizia que a odiava, naquele ponto, a filha número três que estava a conhecer a mãe ainda, pensava que aquela mulher sentia ódio facilmente, volta e meia, ouvia ela falar nesse sentimento que a menina felizmente ainda não conhecia. 

Essa irmã mais velha já tinha uma filhinha, muito graciosa por sinal e de vez em quando, vinha trazê-la para ver a avó que também não era gentil com a menina, sempre se fazendo de vítima, dizia estar cansada, doente, que era infeliz e numa dessas conversas, a filha lhe falou umas verdades, tais como: está cansada? Do quê? A pobre da menina que faz tudo sozinha e ainda judia dela. Doente? Claro, é ruim, gente ruim vive doente e infeliz mesmo. A mulher ficou enlouquecida com a filha e a expulsou de sua casa, antes de sair a moça falou que os filhos não tinham culpa e não pediram para nascer. Sobre o irmão que era espancado, ou o homem com quem ela era amasiada parava ou ela tomaria uma atitude drástica. E assim mais uma das poucas pessoas que tratavam em a menina e o irmão, se foi para não mais voltar. A mãe deles tinha esse poder, afastar definitivamente as pessoas. 



segunda-feira, 7 de junho de 2021

Genevieve 45

As maldades da mãe se tornavam constantes, desde que chegara nunca a mulher foi capaz de um único gesto de carinho, de atenção, de suavidade, tudo era na base da grosseira com ela e com o irmão que eram mais novos que Genevieve alguns meses, aquele que a mãe engravidou quando a deixou doente no hospital. O coitado do menino além de ser desprezado pelo homem era espancado quase que diariamente pelo padrasto que era alcoólatra, o cafajeste covarde e sempre que bebia, chegava em casa e quase matava o menino, batia nele com pedaços de pau, ferros, fios, artefatos que machucava mesmo. Estava sempre machucado e vivia pelos cantos tremendo de medo o infeliz, que inconscientemente se revoltava com aquele homem e aquela mãe. 

A irmã mais velha se compadecia por ele e discutia com a mãe que na opinião dela era quem deveria intervir e impedir quaisquer tipos de agressões contra seus filhos, porém, muitas vezes ela apanhava também, além de ser frequentemente ofendida moralmente por aquele homem feio, bêbado, nojento e desdentado. Genevieve pensava e se perguntava como a mãe, uma mulher bonita, charmosa, elegante, podia ter se casado ou se juntado, como falavam na época, ela não sabia o que eram ajuntados, com um homem como aquele, credo!!! 









domingo, 6 de junho de 2021

Genevieve 44

Estava compenetrada com seus pensamentos muito negativos, quando ouviu um homem gritando no portão, como ela não o conhecia, não atendeu. Então veio o padrasto irritado com os gritos e jogou a chave do carro ao homem, veio buscar o carro que tinha emprestado ao irmão para ir lhe buscar, mas parece que estava bravos um com o outro, pois se trataram com palavrões e agressividades. Aquilo tudo era muito complicado prá menina, estava acostumada com outro nível de ambiente, a única vez que ouvira vó Ana gritar foi quando mexeu no ovo de Páscoa de José. Ainda bem que logo poderia visitar a senhora e talvez até pedir para ficar lá novamente, não tinha gostado daquele ambiente feio, sujo, hostil.  

Os dias foram passando e Genevieve foi assumindo mais e mais responsabilidades, cuidava da casa, da comida, dos meninos, lavava as roupas de todos nas mãos, já que não tinha máquina. Enfim, era a empregada não remunerada de sua própria mãe que a travava muito mal, sempre reclamando e achando defeitos no que a menina fazia, chamava-a de burra, relaxada, idiota, entre outros “elogios” carinhosos. Um dia, depois de estar exausta de tanto trabalhar, a criança pediu a mãe, quando poderiam ir visitar vó Ana e a mulher deu uma gargalhada como se fosse uma bruxa má, disse que podia esquecer aquela velha intrometida, pois nunca mais a veria. A menina levou um choque, como assim? Tentou argumentar e levou uma bofetada no rosto, naquele momento percebeu que sua mãe era tudo o que falavam e muito mais, era mesmo uma pessoa má. Genevieve lamentou por durante tantos anos, tê-la idolatrada e a defendido, não merecia seu amor, seu respeito, seu carinho, sua obediência. Nesse momento entendeu o significado de decepção. 


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