Como a empregada desaparecia
sempre que o amante velho saía, elas ficavam tranquilas, porque se ela
desconfiasse que Genevieve pudesse ter algumas regalias com a senhora,
certamente que castigaria a criança além de fazer intrigas e fofocas ao velho e
aos filhos, os quais também as castigariam. Tratava-se de uma mulher má e
perversa que tinha coragem de maltratar uma idosa paraplégica que não tinha
como se defender e era desacreditada pelos seus, exceto por Ana, sua única
filha que sabia que a mãe falava a verdade, os outros também, mas preferiam
fazer de conta, deixar prá lá para não se envolverem muito menos se
comprometerem.
Genevieve definhava a olhos
vistos, estava raquítica já, por mais que comesse o que comia escondido,
faltavam vitaminas e nutrientes e possivelmente, estaria com vermes e
bactérias, devido a falta de higiene, nunca tomara nenhuma vacina, nunca fora
levada à médicos, tampouco, dentistas, não tinha nenhuma assistência, muito
menos, emocional, estava se tornando uma criança medrosa, distante, preferia
ficar sozinha no mato com as plantas, com os animais, as vezes saia e não
queria mais voltar. Era tratada como um
animal, dormindo em qualquer lugar, comendo qualquer coisa. De manhã tinha dificuldades para levantar, se
sentia fraca, cansada, sem disposição, mas se esforçava e levantava para fazer
seus serviços ou apanharia muito e já estava exausta de apanhar.
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