Ela não sabia como, nem
porquê foi parar num sítio chamado Macacos no interior da cidade de Lages. Era
tão pequena, ainda com quatro anos, mas recordava de ter chego com suas
bagagens, e tinha muitas roupas e calçados, pois sua mãe Marina era caprichosa
e cuidava muito bem de sua menininha. Mas, como um passe de mágica, a criança
viu suas coisas sendo distribuídas às crianças da volta, deixando a menina
simplesmente sem roupas, apenas com as que estavam em seu corpinho frágil. Ela
não compreendia a situação, sabia que eram suas roupinhas, seus sapatinhos,
então, porque todos lhes tiraram tudo sem nada lhe perguntar. Nesse momento a
pequena entendeu o significado de maldade.
Nesse sítio, moravam três
pessoas; um homem de idade bem obeso, uma senhora franzina e deficiente que se
chamava Paulina e uma mulher morena bem grande, que era a responsável por
cuidar da senhora doente. Quem levou a criança para esse lugar tão inadequado,
foi uma enfermeira conhecida de outras pessoas que já conheciam a criança, ela
era filha desse casal de idosos proprietários desse sítio. Certamente suas
intenções eram as melhores e não sabia do que ocorria quando ela não estava por
perto, nem com a mãe, tampouco com a menina.
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