O tempo passava e a menina apenas
crescia em idade, porque em tamanho era difícil, considerando as circunstâncias
de desnutrição, descuido, negligência com sua saúde física, emocional, mental,
não tinha nenhuma assistência, nem mesmo higiênica, a pobrezinha se virava como
podia e como sabia do que aprendera com sua amada mãe Marina, que lhe dava
banho, cuidava de seus machucados e a educava conversando amorosamente com ela
quando fazia algo errado, sentia seu amor, sua ternura, seu afeto porque essa
mamãe se foi também? Mas um dia reencontraria sua mãe biológica, seu coração
lhe dizia isso claramente.
Numa das visitas de Ana, a enfermeira que a levou para esse sítio nos Macacos, trouxe para Genevieve um presente, um pequeno sabonete perfumado de cor laranja e lhe explicou como deveria ser usado. Assim que possível, que teve tempo depois de cumprir com todas as suas obrigações intermináveis que a cada dia a empregada aumentava, correu até o rio para usufruir de seu presente, usava um pano de saco de farinha que ela mesma lavava e colocava para secar, pendurado num galho de árvore, próximo de sua banheira gigante e exclusiva, só ela usava aquela preciosidade gelada.
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